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11 de mai. de 2021

Null

    NULL significa nulo, em um banco de dados um valor nulo é uma coluna que não possui nenhum valor atribuído. O null é diferente de espaços em branco e também é diferente de 0, o banco de dados Oracle considera um valor null um valor que tem tamanho igual a 0. Não é possível atribuir valor null para uma coluna definida como NOT NULL ou como PRIMARY KEY.

    Para filtramos colunas que tenham valores null devemos utilizar o comparador IS ou NOT IS ao invés de = ou <>.



    Podemos notar que não retorna erro de sintaxe ao utilizar o comparador =, contudo, o resultado não é o esperado.


    Ao utilizar comparadores com valor null em uma consulta, podemos ter 3 resultados: VERDADEIRO (TRUE), FALSO (FALSE) ou DESCONHECIDO (UNKNOWN).
    Quando utilizamos os operadores de igual e diferente ( =, <>, !=, ^=) com NULL a sintaxe não retornará erro, mas o resultado da comparação será desconhecido e a consulta não retornará resultados, conforme vimos na imagem anterior.
    Resultados VERDADEIROS (TRUE) são quando a comparação verifica se o conteúdo da coluna é nulo e o conteúdo de fato é nulo ou quando verifica se o conteúdo não é nulo e esse conteúdo não é nulo.



    Já os resultados FALSOS (FALSE) de uma comparação com null é quando a comparação busca uma coluna com valor nulo e ela tem qualquer valor, ou ainda quando a comparação busca uma coluna que não tenha valor nulo e ela tem o valor null. Levando em conta o exemplo das imagens acima, utilizadas para exemplificar os resultados verdadeiros, seria o inverso.

    Lembrando ainda que valores nulos não retornam erro de sintaxe quando utilizados em operações aritméticas, embora toda operação envolvendo um valor nulo irá retornar um valor nulo. Esse deve ser um ponto de atenção na lógica ao desenvolver uma consulta SQL.
    Nos casos como o citado acima, podemos utilizar funções específicas para o tratamento de valores nulos como as funções NLV e NVL2.


Fonte:


16 de abr. de 2021

Literais

Literais


    Quando falamos sobre um valor literal em uma consulta de banco de dados estamos nos referindo há um valor fixo, isso significa que esse valor se repetirá em todas as linhas retornadas pela consulta. Temos 4 tipos de literais textos, numéricos, datas e intervalos, abaixo alguns exemplos do uso, note que embora o valor dentro do literal pareça igual nas colunas "Número" e "Caractere" uma o valor 101 é exibido em formato numérico enquanto na outra em formato de sequência de caracteres, essa indicação é facilmente identificada através do alinhamento dos valores dentro da coluna.

Uso de literais em SQL




Texto Literal

    Textos podem ser utilizados como literais de maneira bem simples basta incluir os caracteres entre aspas simples, podendo receber um ALIAS, caso o alias seja omitido o título da coluna será o valor utilizado no literal excluindo os espaços.
String como literal no SQL
    Quando há necessidade de incluir aspas no texto que será exibido no literal é necessário fazer a indicação de um delimitador alternativo chamado de quote_delimiter que basicamente é a substituição da delimitação através de aspas simples por outra indicada podendo ser (), {}, [] ou <>. A letra 'Q' no delimitador pode ser maiúscula ou minúscula, e as símbolos usados como delimitador podem ser incluídos dentro do literal. Há ainda a possibilidade de duplicar as aspas para indicar que a mesma está sendo utilizada dentro do literal. Abaixo exemplos de uso dos delimitadores.

    O Oracle permite até 4000 bytes em um único literal, podendo ser 32767 caso o parâmetro MAX_STRING_SIZE esteja com o valor igual a EXTENDED.

Número Literal

    Diferente dos caracteres, números não precisam de aspas simples ( ' ) para informar que são literais, basta incluí-los na consulta, mas assim como os caracteres literais, os números literais também tem suas particularidades.
    Na imagem abaixo, podemos ver formas diferentes de usar literais numéricos. Vale destacar que para números inteiros positivos não é necessário utilizar o sinal de mais ( + ) e que quando se usa casas decimais o limite é de 38 dígitos. Para que o retorno seja no formato BINARY_FLOAT devemos utilizar 'f' após o número e no caso de DOUBLE_FLOAT devemos utilizar 'd' enquanto a letra 'e' simboliza uma notação científica.


    Ao utilizar literais com números devemos ter cuidado quanto ao separador. Para verificar qual o padrão está definido podemos realizar uma consulta e verificar como está definida a parametrização para a sessão ou para o banco de dados através das consultas abaixo:

        select * from nls_session_parameters
        where parameter = 'NLS_NUMERIC_CHARACTERS';

        select * from nls_database_parameters
        where parameter = 'NLS_NUMERIC_CHARACTERS';



    No exemplo abaixo, temos 3 expressões que deveriam ter o mesmo resultado, mas por erro ao escrever a consulta não traz o resultado esperado. Quando o literal utilizado for do tipo numérico devemos utilizar o ponto ( . ) como separador das casas decimais, caso for utilizado a vírgula ( , ) como separador o literal deve ser passado como caractere, ou seja, dentro de aspas simples ( ' ). Caso o separador seja a vírgula e não esteja dentre de aspas simples o banco de dados irá identificar a vírgula como separador de colunas conforme exemplo abaixo.



Data e Horário Literal

    Para os literais de datas é possível informa-los como texto ou utilizar a função TO_DATE e realizar a conversão para formato de data, ou ainda utilizando a função SYSDATE ou SYSTIMESTAMP, sendo ainda permitido efetuar operações com as funções.


    Para identificar o formato de datas utilizado pelo banco de dados, basta realizar uma consulta em NLS_DATABASE_PARAMETERS procurando pelo parâmetro NLS_DATE_FORMAT.


   Caso o horário seja omitido em um literal de data e hora, a hora será interpretada como '00:00:00' ou '12:00:00' dependendo do padrão de horário ser 24 horas ou 12 horas.
    Da mesma maneira, que podemos utilizar as datas, podemos utilizar o formato timestamp como literal, inclusive utilizando as variantes de local time zone ou com um time zone específico.


Intervalo Literal

    Os intervalos especificam períodos de tempo podendo ser anos e meses ou dias, horas, minutos e segundos, de acordo com o tipo de dado utilizado YEAR TO MONTH ou DAY TO MINUTE, conforme visto aqui e também podemos utilizar literais com os intervalos para especificar esses períodos. Nesse tipo de literal informamos 1 ou 2 campos, onde o primeiro é a maior unidade de medida e o segundo a menor unidade de medida, por exemplo, ao passar um literal '123-2' para o tipo YEAR TO MONTH, estamos dizendo que temos 123 anos e 2 meses. 
    Abaixo exemplos do uso do intervalo com anos e meses, nos exemplos podemos notar o uso dos intervalos literais, como a precisão para anos é de 2, precisamos informar a precisão nos casos dos literais maiores que 2 casas, no caso dos mesmo o padrão é 3. no caso dos literais '123-9' estamos é necessário a utilização do year(3) to month enquanto nos outros podemos apenas informar year ou month.

    Lembrando que caso o literal informado não esteja no padrão esperado ou estoure o tamanho da precisão a consulta não irá executar retornando um erro.

    Da mesma maneira, podemos utilizar os literais para
DAY TO MINUTE e suas partes. Podendo utilizar apenas uma parte ou mais de uma parte, desde que respeitado o formato necessário.




    O uso de intervalos literais costuma ser um tema recorrente nas provas de certificação 1Z0-071, por isso deve ser um tema estudado e testado bastante.



Fonte:


7 de abr. de 2021

Tipos de Dados - Demais tipos

    Além dos tipos de dados que já vimos, onde podemos manipular e armazenar, caracteres, dígitos e datas, temos outros tipos de dados que veremos abaixo.

LONG

    Atualmente não é mais recomendável utilizar colunas do tipo LONG, pois estão defasadas, devendo ser utilizadas BLOB, CLOB ou NCLOB, sendo recomendando também a conversão de colunas LONG para LOB. Contudo, o banco de dados ainda suporta esse tipo de dados por questões de retro compatibilidade.

O tipo de dados LONG é um tipo que permite armazenar sequências de caracteres de até 2Gb. Esse tipo de dados possui várias peculiaridades entre elas:

  • Somente uma coluna long por tabela;
  • Colunas long não podem ser utilizadas em índices;
  • Não podem ser utilizadas em expressões regulares;
  • Não podem ser utilizadas na cláusula WHERE ou em constraints de integridade.
  • Não podem ser utilizadas em GROUP BY, ORDER BY, CONNECT BY ou no select com função DISTINCT.

RAW e LONG RAW

    Os tipos RAW e LONG RAW são utilizados para armazenar dados que não são convertidos explicitamente pelo banco de dados Oracle quando move os dados entre diferentes sistemas. Podem ser utilizados para armazenamento de áudios, gráficos, imagens ou documentos. Assim como ocorre com o tipo LONG, é recomendável utilizar os tipos de dados LOB ao invés do LONG RAW. Tipos RAW funcionam como VARCHAR2, pois tem tamanho variável. Os tipos RAW podem ser implicitamente convertidos em CHAR, VARCHAR2 ou LONG e também podem ser explicitamente convertidos em hexadecimal utilizando a função RAWTOHEX e HEXTORAW. 

ROWID

    Todas as linhas no armazenadas no banco de dados Oracle tem um endereço específico que é utilizada para a organização dos dados dentro do banco, esses endereços de cada linha são chamados de rowids. Para saber qual o endereço de um linha basta incluir a pseudocoluna ROWID na área de select da consulta. A pseudocoluna ROWID também pode ser utilizada no campo WHERE.





    Os valores de rowid são formados na base de 64, podem conter caracteres de a-z ou A-Z, dígitos de 0-9 e os sinais + (mais) e / (barra). O tamanho do conteúdo de rowid vai depender também do sistema operacional utilizado no banco de dados.

UROWID

    Urowid significa universal rowid e são utilizados quando os rowids não estão armazenados dentro do banco de dados Oracle, podendo ser tabelas externas do banco ou mesmo de outros bancos de dados acessados pelo Oracle por meio de Gateways.

Tipos LOB

    O tipo de dados LOB significa Large Objects, ou seja objetos grandes. Podemos classificar o dados LOB em internos e externos de acordo com a maneira que é armazenado no banco de dados, os  LOBs internos são armazenados dentro do banco de dados e podem ser do tipo CLOB, NCLOB ou BLOB, enquanto o LOB externo é armazenado fora do banco de dados e é chamado de BFILE. Esses tipos de dados servem para armazenar informações grandes ou fora de padrões, como áudios e imagens. Os tipos LOB podem armazenar até 4000 bytes na forma de coluna, no caso de ter mais de 4000bytes serão sempre armazenados externamente. Colunas LOBs possuem localizadores que referenciam se os valores estão armazenados internamente ou externamente, quando fazendo um select em uma coluna LOB, o banco de dados retorna os localizadores dos registros dessa coluna.

CLOB

    O tipo de dados CLOB armazena dados em formato caractere tanto de byte único como multibyte, são suportados caracteres de tamanho fixo ou variável. Objetos CLOB tem suporte completo para transações, podendo ter commits ou rollbacks em seus dados. As colunas do tipo CLOB podem armazenar até (4Gb-1) * (valor do parâmetro CHUNK), caso o valor para o parâmetro CHUNK padrão tenha sido utilizado na definição da coluna nesse caso o valor que poderá ser armazenado será definido por (4Gb -1) * (tamanho do bloco do banco de dados).

NCLOB

    O tipo de dados NCLOB armazena dados em formato Unicode, são suportados caracteres de tamanho fixo ou variável com ambos utilizando o conjunto de caracters nacional. Objetos NCLOB tem suporte completo para transações, podendo ter commits ou rollbacks em seus dados. As colunas do tipo NCLOB podem armazenar até (4Gb-1) * (valor do parâmetro CHUNK), caso o valor para o parâmetro CHUNK padrão tenha sido utilizado na definição da coluna nesse caso o valor que poderá ser armazenado será definido por (4Gb -1) * (tamanho do bloco do banco de dados).

BLOB

    BLOB significa Binary Large OBjects e armazena dados binários grandes e não estruturados, objetos BLOB tem suporte completo para transações, podendo ter commits ou rollbacks em seus dados. As colunas do tipo BLOB podem armazenar até (4Gb-1) * (valor do parâmetro CHUNK), caso o valor para o parâmetro CHUNK padrão tenha sido utilizado na definição da coluna nesse caso o valor que poderá ser armazenado será definido por (4Gb -1) * (tamanho do bloco do banco de dados).

BFILE

    O tipo BFILE serve para acessar arquivos binários que estão armazenados fora do banco de dados. É possível realizar a troca do caminho onde o arquivo está armazenado ou mesmo o nome do arquivo sem afetar os dados do mesmo utilizando a função BFILENAME. Os dados dentro de um BFILE são apenas para leitura, não sendo possível realizar alterações e é tarefa do DBA garantir que os processos do banco de dados Oracle possuam permissão de leitura nos arquivos BFILE. Um arquivo BFILE poderá ter no máximo 264-1 bytes, contudo esse valor poderá ser menor de acordo com o sistema operacional.

JSON

    Introduzido a partir da versão 21c serve para armazenar arquivos JSON de maneira nativa em formato binário, isso melhora o desempenho, pois não há mais necessidade de conversão. Além do tipo de dados JSON, os arquivos JSON são suportados pelos tipos VARCHAR2, BLOB e CLOB.


Fonte:

https://docs.oracle.com/en/database/oracle/oracle-database/21/sqlrf/Data-Types.html#GUID-A3C0D836-BADB-44E5-A5D4-265BA5968483

31 de mar. de 2021

Tipos de Dados - Datas

    Os tipos de dados que trabalham com datas se dividem em 2 tipos: datahora e intervalos, onde os tipos datahora armazenam datas e horários de fato e intervalos retornam os intervalos entre 2 datas.

    Lembrando que sempre que for trabalhar com tipos de dados de data é bom verificar antes como está a configuração do banco de dados para estes tipos de dados, pois isso pode impactar nos resultados esperados. Para verificar como estão as configurações podemos fazer 2 consultas na tabela dummy DUAL.

    select DBTIMEZONE from dual;

    select SESSIONTIMEZONE from dual;


Tipo de dataValores validos para DataValores validos para  INTERVALOS

YEAR

-4712 até 9999 (excluindo ano 0)

Qualquer inteiro positivo ou negativo

MONTH

01 até 12

0 até 11

DAY

01 até 31 (limitado de acordo com o mês e ano)

Qualquer inteiro positivo ou negativo

HOUR

00 até 23

0 até 23

MINUTE

00 até 59

0 até 59

SECOND

00 até 59.9(n), onde 9(n) é a precisão de milissegundos . A opção 9(n) não se aplica para DATE.

0 até 59.9(n), onde 9(n) é a precisão de milissegundos

TIMEZONE_HOUR

-12 até 14 (Esses valores consideram horários de verão) Não se aplica para DATE ou TIMESTAMP.

Não se aplica

TIMEZONE_MINUTE

00 até 59. Não se aplica para DATE ou TIMESTAMP.

Não se aplica

TIMEZONE_REGION

Consulte a coluna TZNAME na view V$TIMEZONE_NAMES. Não se aplica para DATE ou TIMESTAMP

Não se aplica

TIMEZONE_ABBR

Consulte a coluna TZABBREV na view V$TIMEZONE_NAMES. Não se aplica para DATE ou TIMESTAMP.

Não se aplica

DATE

    O tipo de dados DATE armazena informações de dia e hora, podemos até mesmo utilizar outros tipos de dados para armazenar datas, como um tipo de dados de caracteres por exemplo, contudo essa não é a solução mais adequada visto que para isso temos os tipos de dados de datas, em que é possível diferenciar cada parte da data como dia, mês, ano, hora, minuto e segundo. Também é possível fazer conversões de dados armazenados em colunas do tipo de data para formatos de número ou caractere através das funções TO_CHAR e TO_NUMBER, que veremos mais adiante. Utilizando essas funções é possível criar uma data a partir de um literal.



Como faço para descobrir a data atual no banco de dados? Simples, basta realizar uma consulta na tabela DUAL retornando SYSDATE.



TIMESTAMP

    O Tipo TIMESTAMP funciona como o tipo DATE mas ele armazena a data, a hora e a fração de segundos, podendo ir de 0 a 9 casas para os milissegundos sendo o padrão o valor 6. Assim como é possível retornar a data do sistema, é possível retornar o valor atual de um timestamp no sistema.


    Também é possível utilizar a função TO_TIMESTAMP para converter, por exemplo, uma data para o formato timestamp.


TIMESTAMP WITH TIME ZONE

  O tipo de dados TIMESTAMP[(frações de milissegundos)] WITH TIME ZONE funciona da mesma maneira que o tipo TIMESTAMP, porém, armazena além do timestamp o time zone, que pode estar no formato TIMEZONE REGION NAME ou TIME ZONE OFFSET. Assim como no tipo TIMESTAMP, a fração de segundos pertimitida pode variar de 0 até 9 e quando omitida na declaração da coluna o valor padrão assumido será 6.



TIMESTAMP WITH LOCAL TIME ZONE

    Essa é mais uma variante do tipo TIMESTAMP, porem diferente do TIMESTAMP WITH TIME ZONE na coluna não é armazenado as informações do timestamp do banco de dados e quando é solicitado em um select é retornado de acordo com com o timezone da sessão do usuário. Este tipo de dados é bastante útil quando há uma aplicação que trabalha com diferentes timezones e deve ser exibido as datas e horários de acordo com a configuração de cada usuário. Assim como os demais tipos de dados derivados de timestamp, este também permite determinar a quantidade de casas decimais que serão armazenados para os segundos, podendo ser de 0 a 9 e caso omitido o padrão será 6. Para criar uma coluna utilizando esse tipo é necessário utilizar a seguinte sintaxe:

    TIMESTAMP [(precisão de segundos)] WITH LOCAL TIME ZONE


INTERVALOS

    Intervalos são tipos de dados que armazenam períodos de tempo, temos a possibilidade de armazenar valores de 2 formas: intervalos de anos e meses ou intervalos de dias e segundos. É possível utilizar intervalos como validações na cláusula WHERE de uma consulta.

INTERVAL YEAR TO MONTH

    Armazena um período de tempo baseado em anos e meses, para utilizar temos a seguinte sintaxe:

    INTEVAL YEAR [(precisão dos anos)] TO MONTH

Caso a precisão não seja especificada o valor padrão é 2 e deve ser um número inteiro.

Abaixo alguns exemplos.

Intervalo de 300 meses, será armazenado como 25 anos, enquanto um intervalo de 306 meses é armazenado no como 25 anos e 6 meses.



    A precisão deve ser respeitada, caso contrário irá retornar erro, no exemplo abaixo, não foi determinada a precisão dos anos, que nesse caso assume o valor padrão que é 2, como o literal informado para o ano tem 3 dígitos, excede a precisão de 2 e pode ser resolvido incluindo a precisão após a palavra YEAR.



INTERVAL DAY TO SECOND

    Este intervalo armazena um período de tempo que pode ser em dias, horas, minutos ou segundos, esse tipo de dados é muito útil quanto é necessário armazenar uma diferença precisa entre duas datas e horários.

Sua sintaxe é a seguinte:

    INTEVAL DAY[(precisão do dia)] TO SECOND [(precisão da fração de segundos)]

    Note que neste tipo de dados, podemos informar ou não tanto a precisão do dia quanto a fração de segundos. A fração de segundos, assim como nos tipos TIMESTAMP, pode ser de 0 a 9 e tem como padrão o valor 2, já a precisão dos dias aceita os mesmos valores e também tem a precisão com valor 2 como padrão.


    Também é possível realizar operações entre os tipos DAY TO SECOND. Note no exemplo abaixo, que diminuindo 1 dia de 1440 minutos, o resultado é 0.

22 de mar. de 2021

Tipos de Dados - Caracteres

    Seguindo com os tipos de dados vamos entender os tipos de dados de caracteres, que basicamente são CHAR, NCHAR, VARCHAR2 e NVARCHAR2.

VARCHAR2

    Destinado para armazenar cadeia de caracteres de forma variável, dever ser informado o tamanho do campo no momento da criação da coluna, por exemplo, VARCHAR2(n) onde o n indica a quantidade máxima de caracteres que poderá ser armazenada na coluna, esse valor tem um mínimo de 1 byte ou caractere e pode ter no máximo 32767 bytes ou caracteres no caso do parâmetro MAX_STRING_SIZE ter o valor igual a EXTENDED ou no máximo 4000 bytes no caso do parâmetro estar configurado com o valor igual a STANDARD.

Como o tamanho é variável, em uma coluna VARCHAR(10), por exemplo, podemos ter valores como abaixo:

'asd'             -> Tamanho ocupado 3

'asdf12'        -> Tamanho ocupado 6

'asdfg12345-> Tamanho ocupado 10

NVARCHAR2

    Funciona da mesma maneira que o tipo VARCHAR2, contudo o tipo NVARCHAR2 permite definir a forma de codificação da coluna entre AL16UTF16 OU UTF8. Essa configuração também altera os tamanhos máximos suportados nesse tipo de coluna.

    Caso o parâmetro MAX_STRING_SIZE esteja com o valor STANDARD, a coluna irá suportar 2000 bytes para codificação AL16UTF16 e 4000 bytes para UTF8. Se o parâmetro estiver configurado para EXTENDED o tamanho suportado será de 16383 bytes para AL16URF16 e 32767 bytes para UTF8.

CHAR

    Armazena caracteres (alfanuméricos) com tamanho fixo no campo, ou seja, caso a coluna esteva definida com tamanho 10 e for inserido no campo o valor 'asd' os outros 7 espaços serão ocupados com espaços em branco ficando armazenado como 'asd       ' , sendo o mínimo 1 byte e o máximo 2000 bytes, na definição de uma coluna char devemos passar o tamanho do campo de acordo com a sintaxe char(n) onde n indica o tamanho em bytes. No exemplo citado acima em que coluna char(10), teríamos a coluna ocupada da seguinte maneira:

'asd       '      -> Tamanho ocupado 10

'asdfg12   '    -> Tamanho ocupado 10

'asdfg12345'  -> Tamanho ocupado 10

NCHAR

    Assim como o CHAR, armazena caracteres alfanuméricos  com tamanho fixo, contudo, pode variar de acordo com a codificação utilizada, assim como o NVARCHAR2. Quando não é informado na declaração o tamanho do campo ele assume o valor 1 como padrão. Os valores máximos são 1000 para codificação AL16UTF16 e 2000 caracteres para UTF8. Caso um valor CHAR tente ser armazenado em uma coluna NCHAR, o valor poderá ser aceito, pois o banco de dados fará uma conversão para o formato codificado na coluna NCHAR.

Fonte:

https://docs.oracle.com/en/database/oracle/oracle-database/21/sqlrf/Data-Types.html#GUID-A3C0D836-BADB-44E5-A5D4-265BA5968483

4 de mar. de 2021

Schemas e Schema Human Resources (HR)

 Schemas

       Para entender de maneira simples o que é um SCHEMA no Banco de Dados Oracle, podemos resumir que um schema é um usuário e tudo que tem dentro dele.

    O schema é criado automaticamente, quando um usuário é criado, embora possa ser criado através do comando CREATE SCHEMA. Dentro desta estrutura lógica ficam tabelas, procedures, índices entre outros objetos. E cada schema pertence apenas a seu usuário. Segue lista de objetos que fazem parte de um schema.

  • Analytic views
  • Attribute dimensions
  • Clusters
  • Constraints
  • Database links
  • Database triggers
  • Dimensions
  • External procedure libraries
  • Hierarchies
  • Index-organized tables
  • Indexes
  • Indextypes
  • Java classes
  • Java resources
  • Java sources
  • Join groups
  • Materialized views
  • Materialized view logs
  • Mining models
  • Object tables
  • Object types
  • Object views
  • Operators
  • Packages
  • Sequences
  • Stored functions
  • Stored procedures
  • Synonyms
  • Tables
  • Views
  • Zone maps

Embora muitas estruturas sejam armazenadas logicamente dentro de um schema, existem objetos que não fazem parte de um schema, tais objetos são os seguintes:

  • Contexts
  • Directories
  • Editions
  • Flashback archives
  • Lockdown profiles
  • Profiles
  • Restore points
  • Roles
  • Rollback segments
  • Tablespaces
  • Tablespace sets
  • Unified audit policies
  • Users

Schemas Sample

    Os schemas sample são estruturas disponibilizadas pela Oracle como exemplos, nela temos usuários, tabelas, índices, constraints, preenchidos com informações, o que torna possível aprender SQL utilizando os mesmos, pois é possível aplicar os conceitos de SQL, manipulando esses dados, criando joins entre as tabelas, testando o funcionamento de funções, enfim, um banco de dados completo e pronto para o uso. A familiaridade com esses schemas dummies, ajuda até mesmo nas provas de certificações da Oracle, visto que esses são utilizados nas questões, logo conhecendo a estrutura dos mesmo pode ajudar na hora da prova, onde se tem muitas questões e pouco tempo para pensar.

  • HR Schema (Human Resources) -
    • usado para tópicos de introdução ao SQL básico;
  • OE Schema (Order Entry)
    • usado para tópicos de dificuldade intermediária, possui mais tipos de dados;
  • OC Schema (Online Catalog) 
    • é uma coleção de objetos relacionais do utilizado no schema OE.
  • PM Schema  (Product Media)
    • dedicado para dados do tipo mídia;
  • CO Schema (Customer Orders)
    • é um schema moderno que possui demostrações de transações de e-commerce, permitindando armarzenar dados semi-estruturados usando JSON;
  • IX Schema (Information Exchange)
    • é um conjunto de schemas, usado para demonstrar as capacidades avançadas de consultas Oracle;
  • SH Schema (Sales History)
    • desenvolvido para demonstrar grandes quantidades de dados, possui suporte para processamento analítico.

    Até a versão 12 do banco do dados Oracle, era possível incluir a instalação desses schemas juntamente com a instalação do banco, nas versões mais recentes é necessário a instalação manualmente após o banco estar devidamente instalado.

    Maiores detalhes a respeito de cada um dos schemas de exemplo podem ser encontradas neste link.

    Para obter os samples schemas é necessário o download através do GitHub, disponível nesse link.

Instalando o Schema HR

    Como dito anteriormente, nas versões antigas do Oracle Database era possível definir a instalação dos schemas durante a instalação da aplicação, nas versões acima de 18c não temos essa opção, contudo, o schema HR fica disponível na instalação do Oracle Database no caminho: '$ORACLE_HOME/demo/schema/human_resources'.
    Após acessar o diretório onde se encontra os arquivos de instalação do schema, devemos acessar o SQLPlus utilizando um usuário com privilégios de administrador, podemos utilizar o comando abaixo para tal ação.

    $ sqlplus connect sys as sysdba

    Logo em seguida devemos executar o script hr_main.sql que contém os passos automatizados da instalação.
    SQL> @?/demo/schema/human_resources/hr_main.sql

Assim que o script for inicializado, serão apresentados prompts solicitando a inclusão de argumentos, na seguinte ordem:
    - Senha para o usuário HR;
    - Default tablespace para o schema HR;
    - Tablespace temporário para o schema HR;
    - Senha do usuário sys;
    - Diretório de log.

Seguido das informações solicitadas, é necessário aguardar finalizar a instalação.



    Assim que concluir a instalação devem ser verificados os logs para validação da instalação, em alguns casos podem ocorrer erros na criação do usuário HR, nesse caso, o restante da instalação também irá falhar, o erro pode estar relacionado com o tipo de sessão do usuário sys, nesse caso é necessário alterar o tipo de sessão para que e reexecutar o script para que seja concluído com sucesso.                            

    $ alter session set "_ORACLE_SCRIPT"=true;

Após a alteração da sessão, a instalação corre conforme o esperado.


E por fim temos schema devidamente instalado.

Para um detalhamento de todas as ações realizadas pelo script de instalação a Oracle disponibiliza essas informações nessa página.

Schema HR

    O schema HR mostra uma estrutura de recursos humanos de uma empresa, se divide nas seguintes tabelas:

  • EMPLOYEES
  • JOBS
  • JOB_HISTORY
  • DEPARTMENTS
  • LOCATIONS
  • REGIONS
  • COUNTRIES

 Segue abaixo modelo de dados do schema HR.



Finalmente com o ambiente completamente finalizado mãos a obra!


Fontes:

https://docs.oracle.com/en/database/oracle/oracle-database/19/comsc/index.html

https://docs.oracle.com/en/database/oracle/oracle-database/19/comsc/HR-sample-schema-scripts-and-objects.html

https://docs.oracle.com/database/121/COMSC/scripts.htm#COMSC00021

https://docs.oracle.com/en/database/oracle/oracle-database/19/sqlrf/Database-Objects.html#GUID-31BE00A7-7FF9-41CB-852A-F1416912CA9E